terça-feira, 17 de março de 2009

Fórmula 1: As outras regras aprovadas hoje

Não foi só o sistema de pontuação que sofreu uma reforma hoje - o Conselho Mundial da FIA decidiu-se por mais uma série de regras novas. Aqui fica um resumo das mesmas:



- Apesar de serem banidos os testes até Dezembro, foi aberta uma excepção a testes com pilotos jovens que não tenham feito mais do que 2 corridas nos últimos 2 anos. As equipas terão 3 dias para testarem novos pilotos, desde o fim do campeonato até 31 de Dezembro.

- Foram aprovados mais 8 dias de testes aerodinâmicos em linha recta para cada equipa por ano.

- Os pilotos serão obrigados a fazer sessões de autógrafos, e estarem presentes para entrevistas à TV logo após o final das sessões de treinos, logo que sejam eliminados da qualificação ou tenham abandonado a corrida. Cada equipa irá também ter um porta-voz designado para a TV.

Até aqui tudo bem, mas tinha de vir merda pelo meio:

- A FIA irá publicar o peso de cada carro no final das sessões de qualificação. Ou seja, eles continuam a baralhar completamente a grelha ao obrigarem as equipas a qualificarem-se com o combustível com que irão começar a corrida. Mas ao mesmo tempo, agora dizem-nos quem é que está pesado com combustível e quem é que não está. Então a ideia de baralhar a grelha não é para criar suspense, para não sabermos quem é que tem de ir primeiro às boxes? Não seria mais fácil acabar com esta treta toda, e termos qualificação como antigamente, todos os carros com pouco combustível, para vermos verdadeiramente quem é o mais rápido?

- A regra mais importante e mais surreal: a partir de 2010, as equipas que quiserem, irão se sujeitar a um orçamento máximo de 30 milhões de libras (33 milhões de euros). Quem se sujeitar, irá poder usar um carro mais eficiente aerodinamicamente, com asas movíveis, e com um motor sem limite de rotações nem limite de desenvolvimento.

Ou seja, a FIA quer criar duas classes de F1: a F1 dos ricos e a F1 dos pobres. Aos pobres, dá vantagens tecnológicas extra. Só há um pequeno problema, é que é absolutamente impossível gerir uma equipa de F1 com 33 milhões de euros. Os orçamentos actuais andam entre 100 e 500 milhões. Não vai haver dinheiro nem sequer para pagar ao staff, quanto mais para andar a desenvolver motores melhores. Ah, e eu também gostava de saber como é que eles vão conseguir fiscalizar o orçamento das equipas...

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