quarta-feira, 11 de março de 2009

Futebol: Porto finalmente de volta ao topo

5 anos. É este o tempo que passou desde a última presença do FC Porto nos quartos-de-final da Liga dos Campeões, na época em que José Mourinho levou o clube ao título europeu. Este ano (ainda) não alcançamos tal glória, mas a barreira psicológica dos oitavos-de-final, que tem assombrado o clube nos últimos anos, foi ultrapassada. FC Porto 0-0 Atlético Madrid:



O jogo não teve golos, mas também não era preciso. A primeira parte foi algo equilibrado, se bem com períodos de maior domínio do FC Porto. O Atlético de Madrid terá alguns motivos de queixa dado que não foi assinalado grande penalidade de Bruno Alves sobre Simão, mas não fez suficiente por merecer um golo.

A segunda parte foi quase de domínio total do FC Porto, que persistentemente incomodou Leo Franco, e ainda lhe acertou nos ferros da baliza por duas vezes (Hulk em canto directo; e Lisandro Lopez em oportunidade em que ficou isolado). No final, apenas um breve período de preocupação devido a uma série de lances de bola parada para o Atlético, mas o resultado de 0-0 não é o mais justo - pela 2ª parte o FC Porto merecia vencer o jogo.

Manchester United 2-0 Internazionale



Desta vez, Cristiano Ronaldo venceu a José Mourinho. Num jogo bem disputado, Mourinho esperava repetir a graça que fez em 2004, quando um golo tardio do seu atleta Costinha afastou o Man Utd da competição. Desta vez Vidic marcou à entrada da 1ª parte, e Ronaldo à entrada da 2ª, ambos os golos de cabeça. Foi mais uma vitória do futebol inglês, que está em grande com 4 equipas nos oitavos-de-final, sobre o futebol italiano.

Roma 1-0 Arsenal (6-7 em penalties)



Num jogo um pouco mais chato, Juan empatou cedo a eliminatória para a Roma e mais nada aconteceu até aos 120 minutos. Num longo desempate por penalties, em que quase ninguém falhou e até deu para Montella marcar com uma estranha paradinha quase em passos de ballet, Max Tonetto falhou o penalty decisivo e o Arsenal passou.

Barcelona 5-2 Olympique Lyonnais



As dificuldades que o Barcelona passou em Lyon foram cedo esquecidas, já que Thierry Henry marcou dois golos de rajada aos 25 e 27 minutos - raro momento alto do francês desde a sua saída do Arsenal. Messi e Eto'o aumentaram para 4-0 ainda na primeira parte e ainda se pensou que iria haver aqui um "desastre" género Bayern-Sporting, mas o Lyon reagiu logo e chegou a diminuir até 4-2. A reacção não passou daí e em cima do minuto 90 Keita fez o 5-2 final.

Escolhi deste jogo o que foi para mim o melhor golo da noite, tal como ontem marcado por uma equipa que saíu de campo sem muitas razões para sorrir. Golo apontado por Juninho, mas em que se destaca a simulação com classe de Karim Benzema:



Também gostei da corrida de Messi, que apenas precisou ali de um pequeno apoio para fazer o que na altura era o 3-0:



Equipas apuradas para os quartos-de-final:
Liverpool
Chelsea
Manchester United
Arsenal
Barcelona
Villarreal
Bayern
FC Porto

GP2: Villa lidera primeiro dia de testes

O plantel do GP2 esteve hoje para os típicos testes de início de ano no circuito francês de Paul Ricard, mas foi um nome algo atípico que liderou a tabela: Javier Villa com a SuperNova.



Atrás do piloto espanhol, o topo da tabela de tempos foi para os grandes favoritos. Di Grassi, Kobayashi, Grosjean e Maldonado foram 2º, 3º, 4º e 5º respectivamente. Dos favoritos, apenas o estreante Nico Hulkenberg esteve mais discreto com um 15º lugar.

Álvaro Parente teve um dia para esquecer, tendo feito apenas uma volta que não foi cronometrada. Para o piloto, a única coisa que ficou de hoje foi esta foto no carro da equipa portuguesa, que deve indicar as cores da Ocean para esta temporada. Gostei bastante da pintura:



O indiano Karun Chandhok, colega de equipa de Parente, foi 19º.

Tempos:
Pos Driver Team Time
1. Javier Villa Super Nova 1:11.930
2. Lucas di Grassi Racing Engineering 1:12.079
3. Kamui Kobayashi DAMS 1:12.140
4. Romain Grosjean Campos 1:12.262
5. Pastor Maldonado ART 1:12.270
6. Andreas Zuber Fisichella 1:12.300
7. Alberto Valerio Piquet 1:12.439
8. Luca Filippi Super Nova 1:12.481
9. Davide Valsecchi Durango 1:12.509
10. Jerome d'Ambrosio DAMS 1:12.574
11. Edoardo Mortara Arden 1:12.607
12. Roldan Rodriguez Piquet 1:12.742
13. Diego Nunes iSport 1:12.774
14. Vitaly Petrov Campos 1:12.893
15. Nico Hulkenberg ART 1:13.010
16. Dani Clos Racing Engineering 1:13.138
17. Sergio Perez Arden 1:13.182
18. Giedo van der Garde iSport 1:13.221
19. Karun Chandhok Ocean 1:13.356
20 Davide Rigon Trident 1:13.362
21. Hamad Al Fardan Trident 1:13.477
22. Luiz Razia Fisichella 1:13.584
23. Michael Herck DPR 1:13.788
24. Nelson Panciatici Durango 1:13.860
25. Giacomo Ricci DPR 1:14.961
26. Alvaro Parente Ocean

Fórmula 1: O dia em que a Brawn deixou toda a gente de boca aberta

Já se sabia dos dias anteriores que o carro da Brawn GP não era mau, mas o que se passou hoje abriu os olhos a mais algumas pessoas. Jenson Button fez o melhor tempo da semana - não por uma margem mínima, mas por uma diferença superior a um segundo sobre as voltas da Ferrari e da BMW que se julgavam serem simulações de qualificação!



Outro rumor que se espalhou hoje é o de que as voltas em stints longos da Brawn andariam na casa de 1:20 e 1:21, o que seria superior às voltas conseguidas por todas as outras equipas. Isso significaria que a Brawn teria neste momento de longe o melhor carro, o que para mim é difícil de acreditar - deve haver alguma coisa mal contada nesta história, ou então eles tão a andar com menos peso no carro do que é legal.

O segundo lugar do dia foi para Felipe Massa, que fez uma simulação de um fim-de-semana de corrida tal como Kimi Raikkonen tinha feito nos últimos dias. No entanto a Ferrari voltou a mostrar falta de fiabilidade, com um problema hidráulico. O terceiro lugar foi para Kubica no BMW Sauber e o quarto para Glock no Toyota.

Alonso foi 5º no Renault. Em entrevista ao El Mundo, o piloto espanhol não se mostra confiante, dizendo que estar nos 6 primeiros na Austrália vai ser "quase impossível". "Na época passada tínhamos mais dúvidas (sobre a nossa competitividade), o carro não respondia bem, já este ano temos feito progressos contínuos, mas não podemos alcançar os tempos da Ferrari, BMW e Brawn".

Ainda e sempre num mau momento continua a McLaren. Lewis Hamilton foi último - a 2,5 segundos de Button - e voltou a levar o carro às barreiras de protecção do circuito de Barcelona.


Tempos:
Pos Driver Team Time Laps
1. Button Brawn-Mercedes (B) 1:19.127 124
2. Massa Ferrari (B) 1:20.168 109
3. Kubica BMW Sauber (B) 1:20.217 109
4. Glock Toyota TF109 (B) 1:20.410 99
5. Alonso Renault R29 (B) 1:20.863 107
6. Vettel Red Bull-Renault (B) 1:21.165 102
7. Rosberg Williams-Toyota (B) 1:21.324 89
8. Fisichella Force India-Mercedes (B) 1:21.545 97
9. Buemi Toro Rosso-Ferrari (B) 1:21.569 140
10. Hamilton McLaren-Mercedes (B) 1:21.657 82

Futebol: Uma dúzia

A campanha do Sporting na Liga dos Campeões, a sua melhor de sempre, terminou em grande com mais um recorde. Em grande, obviamente para o adversário Bayern de Munique. Após os 5-0 de Alvalade na primeira mão, o jogo de Munique terminou com uns humilhantes 7-1. O resultado agregado de 12-1 é o mais desequilibrado de sempre da história da Liga dos Campeões - nunca ninguém tinha ido buscar uma dúzia de bolas ao fundo das redes numa eliminatória.

Estranhamente, o melhor golo do dia foi o do Sporting, apontado por João Moutinho. Noutro dia seria um momento de glória, desta vez foi apenas um momento em que a humilhação pareceu um pouco mais pequena.



(Fonte: TVGolo)

O Sporting não foi a única equipa a ser humilhada, com o Real Madrid a sair de Anfield com uma derrota épica de 4-0 frente ao Liverpool, que poderia ser bem mais pesada não fosse uma série de defesas espectaculares de Iker Casillas, o único jogador do Real a regressar a Espanha com a honra intacta.

Quem também regressou a Espanha mas em ambiente bem mais festivo foi o Villarreal, após vencer por 2-1 o Panathinaikos no sempre difícil ambiente dos estádios gregos.

Finalmente, a Juventus esteve por duas vezes a vencer o Chelsea, mas quando tentava aumentar a vantagem de 2-1 para 3-1, que lhe daria a qualificação para os quartos-de-final, desequilibrou-se do ponto de vista defensivo já que jogava com menos um (Chiellini havia sido expulso) e Drogba empatou o jogo num contra-ataque - fazendo o 2-2 final e qualificando o Chelsea.

Neste momento os outros 4 jogos dos oitavos-de-final estão no intervalo: FC Porto-Atlético Madrid (0-0); Barcelona-Lyon (4-1); Roma-Arsenal (1-0); e Man Utd-Inter (1-0).