Fórmula 1: A análise de Mark Hughes aos testes
A ordem de performance das equipas de F1 para este ano continua difícil de adivinhar, com testes limitados, testes afectados por chuva e tempos muito próximos uns dos outros. O jornalista Mark Hughes escreveu um artigo para o site da ITV (canal de TV inglês), em que dá a sua opinião sobre o que se tem passado em pista, trazendo algumas novidades.
Após uma longa introdução em que Mark volta a explicar as dificuldades em analisar os testes, com equipas a rodar com mais combustível que outras; condições de pista que estão sempre a mudar; voltas em condições de qualificação que deturpam a lista de melhores tempos do dia por serem muito mais rápidas; e tipos de pneus muito mais rápidos que outros, Mark dá a sua ideia sobre quais as equipas mais fortes do momento. Segue-se a tradução da parte mais importante do artigo:
"Apesar de todas estas condicionantes, olhando às últimas semanas de testes em Jerez e no Bahrain, podemos ver alguns padrões que se têm desenvolvendo.
No Bahrain pareceu haver apenas cerca de 2 décimos de segundo entre a Ferrari, Toyota e a BMW, com as 3 equipas normalmente por esta ordem.
Quando estas 3 equipas juntaram-se às outras em Jerez, tornou-se claro que a Ferrari continuava em grande forma, que a Red Bull e a Williams estavam no mesmo grupo que a Toyota/BMW, e que a Renault pareceu estar algures no meio, um pouco mais lenta que a Ferrari, um pouco mais rápida que a Toyota e companhia.
A McLaren? Essa é a grande questão do momento.
Durante o teste anterior em Jerez - quando a Ferrari estava ainda no Bahrain - a McLaren pareceu ser a mais rápida das equipas em Espanha.
Mas estava a usar a asa traseira de 2008, que dá mais aderência aerodinâmica que a nova asa de 2009. Ninguém conseguia perceber exactamente porquê é que a McLaren estava a usar esta asa antiga.
Quando a asa de 2009 finalmente foi colocada no carro durante o teste desta Terça-Feira, os tempos do McLaren estavam algures na região do grande grupo de equipas - Toyota, BMW, Red Bull, Williams - mas definitivamente alguns décimos mais lentos que a Ferrari e a Renault.
No dia seguinte Lewis Hamilton passou muito tempo trocando entre as 2 asas. Parecia mais uma tentativa de resolver um problema que um programa de rotina.
Certas outras características também ficaram aparentes durante os testes:
Nas temperaturas mais frias de Jerez, a Ferrari demorava algum tempo até aquecer os pneus - um padrão que já temos visto durante estes últimos anos.
O Renault pareceu melhor a chegar à performance máxima logo que entrava em pista, mas durante stints longos a Ferrari pareceu muito forte.
A BMW foi outra equipa com um padrão de performance um pouco confuso, com muitos stints fracos logo antes de uma grande melhoria em velocidade, tal como nos testes do ano passado.
Todas estas equipas têm uma nova evolução das peças do carro pronta para colocar antes de Melbourne, e é previsível que estas evoluções venham mudar a ordem das equipas mais uma vez.
Com uma diferença aparentemente muito curta entre os carros, encontrar um décimo de segundo a mais que uma equipa rival pode significar subir de sexto para primeiro. A corrida de Melbourne vai ser das mais fascinantes de sempre."
Surpreendeu-me um pouco este texto, porque não tinha a noção de que a Renault estivesse tão forte, e estava com a sensação de que a Toyota tinha sido das melhores equipas senão a melhor equipa até aqui. De qualquer forma, boas notícias porque fica a ideia de que vamos ter uma época muito competitiva.
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